Como escolhi minha profissão!

Uma das perguntas que ouvimos desde pequenos é: “O que você vai ser quando crescer?” Você pode até não lembrar, mas muitas pessoas provavelmente lhe fizeram essa pergunta, e é bem possível que tenha dado respostas diferentes para cada uma delas.

Conforme crescemos, essa pergunta pode se tornar um incômodo. Ela gera ansiedade, pressão e até frustração, pois, em algum momento, precisamos decidir. Eu mesma já passei por isso e, ao longo dos anos, respondi diferentes coisas para diferentes pessoas. Já quis ser professora de matemática, arquiteta e atriz, até que, finalmente, escolhi ser Contadora.

A decisão de cursar Ciências Contábeis veio, principalmente, do meu interesse por números. Sempre gostei de matemática e de lidar com dinheiro. Aos 14 anos, no meu primeiro emprego, tive muito contato com contadores. Trabalhei na Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará e via, de perto, a correria da área contábil, os formulários cheios de números e a dinâmica da profissão. Aquilo me fascinava. Então, decidi que seguiria essa carreira, sem influência ou opinião de ninguém.

Aos 16 anos, prestei vestibular para a Universidade Federal do Ceará e fui aprovada. Foi uma alegria imensa! Eu, filha de dez irmãos, fui a primeira a passar no vestibular de uma universidade federal. Naquela época, isso tinha um peso enorme, pois não havia tantas opções de universidades como hoje.

Fatores que me motivaram a escolher essa profissão

Além da afinidade com números, outros aspectos me chamaram a atenção quando pesquisei sobre o curso:

  • Toda empresa é obrigada a ter um contador – isso significa que sempre haverá demanda para profissionais da área.
  • Diversidade de especializações – assim como no Direito, a Contabilidade tem várias subáreas, e você pode ser especialista em uma delas ou atuar como contadora generalista.
  • Possibilidade de empreender – existe a opção de abrir seu próprio escritório contábil e construir um negócio sólido.
  • Oportunidade em concursos públicos – o curso é uma ótima escolha para quem deseja ser auditor fiscal, algo que também considerei na época.
  • Baixa taxa de desemprego – soube que a maioria dos contadores conseguia emprego rapidamente, o que reforçou minha decisão.

A importância de uma escolha consciente

Escolhi a Contabilidade porque fazia sentido para mim e, conforme avançava nos estudos, me identificava ainda mais com a profissão. Mas se você ainda tem dúvidas sobre qual curso escolher, aqui vai um conselho: não idealize demais sua futura profissão.

É essencial levar em consideração o que você gosta e se identifica, mas também pensar no retorno financeiro. Pergunte-se:

  • Esse trabalho tem mercado?
  • Existem vagas disponíveis na área?
  • Quais caminhos posso seguir depois de formado?
  • Como está a remuneração desse profissional atualmente?

Eu segui esse raciocínio, e minha escolha deu certo.

Outro ponto fundamental: a decisão deve ser sua. Não permita que outras pessoas escolham por você, pois essa é uma escolha que impactará toda a sua vida profissional. Conheci muitas pessoas que passaram quatro anos ou mais estudando algo que, no fim, descobriram não gostar. Seguiram a opinião de terceiros—muitas vezes dos pais—e acabaram frustradas. Alguns tiveram coragem de mudar de área, enquanto outros permaneceram infelizes, temendo o julgamento alheio e a incerteza de recomeçar.

Se, no fundo, você só quer um diploma para prestar concurso ou por status, reflita bem antes de investir anos em um curso. Qualquer escolha na vida deve ter um propósito real. Afinal, só temos essa vida, então por que desperdiçar tempo com algo que não faz sentido para nós?

Não está feliz na sua profissão?

Leia a matéria Trocar de carreira aos 40: Vale a pena?, clique neste link para saber se vale ou não a pena trocar de carreira, e qual o caminho seguir.

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